quinta-feira, 26 de maio de 2011

Lipoaspiração

Recentemente a Revista Época divulgou uma pesquisa interessante sobre a Lipoaspiração, pois observa-se que a maioria das mulheres após um ano de cirurgia recuperam quase toda a gordura retirada. O aumento da gordura visceral é o mais comum.


A secretária executiva Patrícia Simões é daquelas mulheres que nunca estão satisfeitas com seu corpo. Aos 18 anos, achando-se gorda após uma temporada juntando dólares nos Estados Unidos, resolveu investir as economias na mesa de cirurgia. Fez lipoaspiração no abdome, na cintura, nas costas e na parte interna das coxas. Mas não mexeu um centímetro na rotina. Continuou sedentária (por causa de um problema no joelho esquerdo) e ativa nas baladas e rodadas de cerveja com os amigos da faculdade. Cerca de um ano depois, apesar da barriga tábua e da cintura fina, tinha novas camadas de gordura nos braços e na parte posterior das coxas. Aos 22 anos, fez uma nova lipoaspiração para extrair os novos excessos. Hoje, com 34 anos, malhadora e bem mais cuidadosa com a alimentação, Patrícia diz que ainda se indispõe com suas gordurinhas extras, que nunca se distribuíram da forma como estavam antes da primeira lipoaspiração. “Engordo menos onde já mexi. Meus braços ficam mais gordos quando meu peso aumenta”, diz.


Histórias de “engorda pós-lipo” como a de Patrícia são comuns nos consultórios médicos. Agora, a ciência está começando a explicá-las. Segundo um estudo inédito realizado por pesquisadores da Universidade do Colorado, a lipoaspiração não consegue livrar definitivamente o corpo feminino da gordura localizada, pois ela sempre dá um jeito de reaparecer. Embora não da mesma forma. O estudo saiu na revista científica Obesity, do grupo da publicação britânica Nature.

Para demonstrar sua tese, os pesquisadores selecionaram 32 mulheres com idade entre 18 e 50 anos, saudáveis, não sedentárias e um pouco acima do peso, interessadas em fazer uma lipoaspiração. Elas poderiam retirar no máximo 5 litros de gordura. Dessas 32 mulheres, 14 passaram pelo procedimento, retirando gorduras subcutâneas da parte baixa da barriga, das coxas e dos quadris. As demais não fizeram nenhum procedimento emagrecedor. Formaram um grupo de controle, usado pelos pesquisadores para comparar com as que fizeram lipoaspiração. Todas foram orientadas a não alterar o estilo de vida. Elas relatavam estar com o peso estável por pelo menos três meses e manter uma dieta frugal de 1.700 calorias, em média. Por isso, era de esperar que seu peso se mantivesse inalterado nos meses seguintes. Exames sofisticados como ressonância magnética foram realizados em três momentos para monitorar as alterações no peso e na composição corporal de todas as mulheres: após seis semanas, seis meses e ao final de um ano.

O resultado foi que, um ano depois, as mulheres que haviam feito a lipoaspiração tinham recuperado quase toda a gordura retirada. O efeito estético adquirido logo após a cirurgia (classificado como “fabuloso” pelos pesquisadores) tinha sido preservado nas coxas e nos quadris. Mas a gordura tinha voltado, preferencialmente na barriga. Além disso, a gordura visceral, aquela que fica entre os órgãos, também apresentou tendência de aumento maior nas mulheres que fizeram lipoaspiração do que no grupo de controle. Essa gordura é mais comum nos homens. É mais perigosa para a saúde e não é removida na lipoaspiração.

Os pesquisadores não sabem explicar por que a gordura aumentou em outros lugares após a lipoaspiração. Segundo uma teoria tradicional, quando os tecidos do corpo são retirados debaixo da pele, novas células de gordura (chamadas de adiposas) ficariam impedidas de se formar ali. Isso levaria o excesso de gordura a ser estocado em células adiposas disponíveis em outros lugares do corpo. Mas, nesse estudo, a lipoaspiração removeu células do abdome, e um ano depois havia gordura acumulada novamente ali. “Com base nos dados desse artigo, não podemos deduzir qual mecanismo levou à recuperação da gordura”, afirma Teri Hernandez, uma das autoras do estudo. Mas arrisca uma hipótese. Segundo Teri, a gordura é importante para estocar energia e regular o equilíbrio energético do corpo. “É possível que o cérebro cuide de manter o que ele considera um nível adequado de gordura corporal para o organismo”, diz.

O pequeno número de mulheres avaliadas dificulta conclusões mais assertivas. Teri diz que seria muito difícil conseguir um número maior de participantes para um estudo dessas características, feito dentro de um hospital. Mas afirma que sua pesquisa foi a primeira a demonstrar os padrões de redistribuição do tecido adiposo após uma lipoaspiração em mulheres. Até então, estudos semelhantes haviam sido feitos apenas com animais.

Segundo a endocrinologista Cíntia Cercato, de São Paulo, a principal contribuição do estudo é mostrar que a remoção de tecido gorduroso mais inofensivo, como o das coxas, resultou no aumento da gordura perigosa, do abdome e das vísceras. Para Rosana Radominski, também endocrinologista e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, porém, o estudo não permite grandes conclusões. Ela acredita que o próprio estilo de vida das mulheres pode ter contribuído para o aumento nos depósitos de gordura. O médico Carlos Alberto Komatsu, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, afirma que a lipoaspiração não livra ninguém de engordar de novo se a alimentação e a atividade física não estiverem adequadas. “A cirurgia serve para motivar a mudança de hábitos e para tornar a silhueta mais proporcional”, diz Komatsu. “Quem faz uma reeducação alimentar tem resultados mais duradouros.”

Se o estudo é suficiente para dissuadir mulheres carnudas da ideia de fazer uma lipoaspiração, a conclusão mais provável é que não. Ao saber dos resultados do estudo, as mulheres do grupo de controle, que não fizeram a lipoaspiração, continuaram querendo a sua.

Mais uma vez essa pesquisa aponta a importância da atividade física regular para que se mantenha o peso saudável, pois só a lipoaspiração não faz milagre. Por isso o mais indicado é sempre a prevenção para que não necessário recorrer a cirurgia.


Fonte: Revista Época



quinta-feira, 19 de maio de 2011

Por que ter um Personal trainer?

Primeiramente quem é o Personal Trainer?

Atualmente, muito se tem falado sobre ele. É o profissional de Educação Física graduado que oferece um treinamento particular/personalizado para seu cliente.

  • Quais são os objetivos desse treinamento?

·         Oferecer ao cliente acesso a uma gama diversificada de atividades físicas;
·         Promover pela atividade física regular: manutenção da saúde, qualidade de vida e prazer;
·         Atender aos mais diferentes objetivos dos clientes: emagrecimento, aumento de massa muscular, bem-estar, etc
·         Controle periódico de sua evolução através de Avaliação Funcional;
·         Incentivar  constantemente seu cliente  para que ele se mantenha motivado.

Benefícios da Atividade Física Regular

Em nossa atualidade as pessoas têm um grande acesso a informação, todos sabem que a atividade física regular traz muitos benefícios, embora muita das vezes não saibam como isso ocorra. Um dos exemplos que podem ser citados é como ocorre a melhora de um indivíduo que tenha Hipertensão Arterial com a atividade física?


Primeiramente, temos que entender o que é a doença.A hipertensão arterial é uma doença altamente presente na população adulta, cuja prevalência no Brasil oscila entre 22% e 44%, conforme sugere Pinheiro et al. (2003). É uma doença que atinge aproximadamente 30 milhões de brasileiros e cerca de 50% destes não sabem que são hipertensos por ser muitas vezes assintomático, sendo considerado importante fator de risco para as doenças cardiovasculares ateroscleróticas, incluindo acidente vascular cerebral, doença coronariana, insuficiência vascular periférica e cardíaca. Mesmo a população portadora de hipertensão leve está sob o jugo do risco aumentado, sugere Almeida e Lopes (2003).



A Hipertensão Arterial pode ser definida como pressão arterial maior ou igual a 140/90 com ou sem uso de medicação anti-hipertensiva (JNC). O grau de hipertensão relaciona-se à lesão do órgão alvo. Indivíduos com pressão arterial acima de 160/95 possuem índice de incidência anual de uma a três vezes maior para coronariopatia, insuficiência cardíaca congestiva, claudicação intermitente e acidente vascular cerebral do que os normotensos conforme cita Kannel et al. (1984).

A ativdade física  é capaz de ocasionar o efeito hipotensivo, que seria a redução da pressão arterial pós exercício, para que esse efeito se torne duradouro é necessário que ela seja realizada de maneira regular, senão esses efeitos benéficos podem ser perdidos.




Atividade Física

Antes de falarmos em Atividade Física Personalizada, temos que citar a atividade física tradicional. Hoje, mais do que nunca a Mídia de maneira contínua vem abordando o tema. Devido a atual rotina de vida das pessoas ser muito agitada, muitos acabam deixando de lado a prática regular da atividade física. Em contrapartida, o número de indivíduos com sobrepeso, doenças cardíacas, pressão alta, colesterol alto, dentre outros não para de crescer. Aliado a esse quadro observamos que a qualidade da alimentação também não é nada boa. Desse jeito aonde vamos parar?


Esse quadro atual cada vez nos assusta mais, pois esses problemas de saúde vêm se instalando até mesmo em crianças, a OPAS(Organização Pan Americana de Saúde) confirmam esses dados com relação a obesidade: “(...) nos últimos vinte anos houve um aumento de 240% de obesidade na infância e na adolescência”. Os hábitos das crianças de hoje não são os mesmos das de antigamente, as brincadeiras de rua, foram substituídas pela TV, computadores, videogames juntamente com as guloseimas. Então, as crianças não queimam calorias, mas consomem mais do que o necessário , propiciando, assim, o aparecimento da obesidade. Já no caso dos adultos, alguns iniciaram maus hábitos na infância, porém em alguns casos isso ocorre na vida adulta graças a sua rotina de vida.

Já hipertensão arterial é uma das doenças de grande magnitude de nossa atualidade, ela tem demonstrado um grande avanço, além do mais com sua elevação pode ocasionar risco para a doença cardíaca. É um problema que se encontra instalado a nível mundial, nos Estados Unidos quase cerca de 60 milhões de indivíduos com mais de 18 anos já apresentavam hipertensão arterial, acima dos níveis considerados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) que são de 140mmhg para pressão arterial sistólica e 90mmhg para pressão arterial diastólica. Já no Brasil embora não apareça como causa de morte isolada está associada a 85% de AVE (Acidente Vascular Encefálico) e 60% dos infartos do miocárdio.